Um exoplaneta, também conhecido por planeta extra-solar (por vezes escrito como “planeta extrassolar”), é um planeta que orbita uma outra estrela que não seja o Sol. Ou seja, os únicos planetas que não são considerados como exoplanetas são os pertencentes ao nosso Sistema Solar. Também são considerados exoplanetas, os planetas que orbitam corpos celestes que não são propriamente estrelas, tais como pulsares e anãs castanhas. São ainda considerados exoplanetas, aqueles que não orbitam nenhuma estrela, mas deslocam-se “livremente” pelo Espaço.
Já mais de 1800 exoplanetas são conhecidos até à data deste artigo (Setembro de 2014), tendo este número a tendência de aumentar significativamente.
A descoberta de exoplanetas é relativamente recente na História da astronomia. Precisamos de levar em conta a grande dificuldade em detetar planetas fora do Sistema Solar devido às grandes distâncias que nos separam das estrelas, e também pelo fato de eventuais planetas que possam orbitar essas mesmas estrelas possuirem um brilho bastante menor aos das suas estrelas, ficando assim “ofuscados” dificultando a sua observação através dos telescópios óticos.
Já há vários séculos que astrónomos têm especulado à cerca da existência de planetas a orbitar as estrelas. Já no século XIX foram avançadas hipóteses concretas à cerca de alguns possíveis planetas extra-solares. Na época, tais suposições não se confirmaram.
Em 1988 foi anunciada a descoberta de um possível exoplaneta a orbitar a estrela Gamma Cephei, através da análise da velocidade radial da estrela. Este anuncio foi recebido com ceticismo por muitos astrónomos. Porém, mais tarde, essa descoberta acabaria mesmo por ser confirmada. Este passou a ser considerado como o primeiro exoplaneta descoberto.
Em 1992 foi anunciada a descoberta de 2 planetas a orbitar o pulsar PSR 1257+12. Em 1994 foi mesmo descoberto um terceiro planeta a orbitar o pulsar. Em 1995 foi descoberto um exoplaneta a orbitar a estrela 51 Pegasi.
Assim foram descobertos os primeiros exoplanetas, e ao longo do tempo o número destes planetas extra-solares foi aumentando consideravelmente.
O telescópio Kepler, lançado para o espaço pela NASA em 2009, contribuiu para a deteção de muitos exoplanetas e de diversos tipos, alguns até com o tamanho próximo ao tamanho da nossa Terra.
Apesar de termos hoje um número muito significativo de exoplanetas descobertos, a deteção dos mesmos é difícil, sendo que a descoberta geralmente é feita através de métodos de deteção indirectos (tais como a influência gravítica que o exoplaneta exerce sobre a estrela) e não da obtenção de fotos dos exoplanetas.
A primeira imagem de um exoplaneta obtida através de um telescópio ótico (neste caso o telescópio espacial Hubble) foi anunciada em 13 de Novembro de 2008. Tratava-se do exoplaneta Fomalhaut b que orbita a estrela Fomalhaut.
A maioria dos exoplanetas descobertos são planetas gigantes gasosos, de tamanho similiar ou maior que o planeta Júpiter, e que orbitam próximos de sua estrela. Estes são os exoplanetas mais fáceis de serem detetados.
Existem vários tipos diferentes de exoplanetas, a título de exemplo podemos falar dos anteriormente referidos planetas de dimensões equivalentes ou maiores que o planeta Júpiter; outros de dimensões equivalentes ao do planeta Neptuno; outros de dimensões equivalentes à da Terra ou um pouco maior, entre outros tipos.
É de se esperar que muitos outros exoplanetas venham a ser descobertos, sendo este um campo muito interessante e promissor para a astronomia moderna.