Uma anã castanha é um objeto celeste cuja massa é superior à massa de um planeta gigante, mas também inferior à de uma estrela. Sua massa não é suficiente para que possa se tornar numa estrela, sendo portanto uma espécie de “estrela fracassada”.
As anãs castanhas são portanto objetos intermédios entre os planetas gigantes e as estrelas mais pequenas.
A existência destes objetos celestes foi admitida na década de 1960, porém apenas em 1995 é que se observou pela primeira vez uma anã castanha.
As anãs castanhas são objetos com tamanhos aproximados do tamanho do planeta Júpiter, porém possuem massas superiores à massa de Júpiter.
Geralmente considera-se que a massa das anãs castanhas situam-se entre cerca de 13 vezes a massa de Júpiter até cerca de 75 a 80 vezes a massa de Júpiter. Esta massa não é suficiente para realizar a fusão do hidrogénio no núcleo. A fusão do hidrogénio no núcleo é uma característica das estrelas que fazem parte da sequência principal (como o nosso Sol).
A energia libertada pelas anãs castanhas tem origem na contração gravitacional. Ou seja, as anãs castanhas vão-se contraindo e com isso produzem calor. Além disso, e durante um curto período de tempo, conseguem realizar a fusão de deutério com produção de energia. O deutério é um hidrogénio “pesado”, pois em seu núcleo existe um protão e um neutrão, quando no caso do hidrogénio “comum” existe apenas um protão no núcleo. Se a anã castanha tiver uma massa superior a 60 vezes a massa de Júpiter, é ainda possível ocorrer a fusão de lítio. Ao longo do tempo, uma anã castanha vai arrefecendo gradualmente.
As anãs castanhas geralmente possuem temperaturas que vão desde aproximadamente 3.000 K até cerca de 300 K, dependendo muito da idade. Normalmente uma anã castanha mais jovem é também mais quente.
Ao contrário do que o nome de anã castanha possa sugerir, este é um objeto de cor avermelhada, sendo também pouco luminoso.