No dia 11 de Fevereiro de 2016, a NSF (National Science Foundation) anunciou ter detectado ondas gravitacionais. Esta agência norte-americana conseguiu este feito histórico com recurso ao LIGO, Laser Interferometer Gravitacional – Wave Observatory (em português, Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro Laser).
O conceito de onda gravitacional está intimamente ligado à teoria da relatividade geral de Einstein. A partir desta teoria, a ideia de onda gravitacional pode ser apresentada como sendo uma onda no próprio “tecido” do espaço-tempo, produzido por corpos maciços em aceleração como seria o caso, por exemplo, de dois buracos negros em órbita um do outro. Essas ondas gravitacionais se propagariam à velocidade da luz.
Durante décadas os cientistas tinham tentado detectar essas mesmas ondas. Agora, cerca de 100 anos depois de Einstein ter apresentado essa ideia, as ondas gravitacionais foram finalmente detectadas.
Este é um passo importante para uma melhor compreensão sobre o funcionamento do Universo. Até hoje, grande parte daquilo que conhecemos sobre o Universo e os seus mais diversos corpos celestes, vem da observação da radiação electromagnética (de onde se incluem as ondas de rádio, a radiação infravermelha, a radiação visível, ultravioleta, raios x, raios gama). Agora surge a oportunidade de observarmos o Universo através das ondas gravitacionais. A astrofísica ganha assim uma nova prespectiva.