As estrelas intergalácticas são estrelas solitárias que não pertencem a nenhuma galáxia em particular. As galáxias são enormes aglomerados de estrelas e de muitos outros tipos de corpos celestes. Durante muito tempo acreditou-se que as estrelas localizavam-se apenas nas galáxias. Hoje sabemos que tal não é assim.
As primeiras estrelas intergalácticas foram descobertas em 1997 no Aglomerado de Virgem, um aglomerado de galáxias que deverá de ter mais de 2.000 galáxias. O estudo das estrelas intergalácticas no Aglomerado de Virgem levou à estimativa que a massa dessas estrelas deverá de rondar 10% de toda a massa do aglomerado, o que equivaleria a aproximadamente 1 trilião de estrelas solitárias.
Atualmente existem estimativas que apontam para que entre 30% a 50% de todas as estrelas, são estrelas “errantes” que não estão localizadas em nenhuma galáxia.
Existem duas teorias que tentam explicar as estrelas intergalácticas. A teoria mais aceite defende que quando se dá a colisão de duas ou mais galáxias, muitas das estrelas que as constituem são lançadas para o espaço intergaláctico devido à ação da força de gravidade.
Outra teoria diz-nos que as estrelas podem ser lançadas para fora das suas galáxias devido à ação dos buracos negros supermaciços. Essa teoria defende que num sistema binário de estrelas, uma das estrelas é puxada para dentro do buraco negro supermaciço (que geralmente se localiza no centro da galáxia), enquanto que a outra é lançada para longe a uma velocidade suficientemente elevada para vencer a força de gravidade da galáxia, e assim a estrela passa a “vagar livremente” pelo espaço.