Jano (ou Janus) é um satélite natural (lua) do planeta Saturno. A descoberta do satélite Jano é atribuída ao astrónomo francês Audouin Dollfus que o observou em 15 de Dezembro de 1966.
Poucos dias depois da descoberta do satélite Jano, surgiu uma questão curiosa. No dia 18 de Dezembro de 1966, o astrónomo Richard Walker observou um corpo celeste cuja órbita era coincidente com a órbita de Jano, o que faria pensar que se tratava do mesmo satélite recém-descoberto. Porém, aqui havia um problema: a posição do corpo celeste observado por Richard Walker não era compatível com a posição do satélite Jano.
Esta confusão foi esclarecida apenas cerca de 12 anos depois, em 1978, quando os astrónomos Stephen Larson e John Fountain descobriram que na realidade tratavam-se de duas luas distintas que partilhavam uma órbita bastante similar. Isso acabaria por ser confirmado em 1980 através da sonda espacial Voyager 1. Esse outro satélite seria chamado de Epimeteu (ou Epimetheus), sendo sua descoberta atribuída, de forma partilhada, a Richard Walker, Stephen Larson e John Fountain.
Assim estes dois satélites de Saturno são co-orbitais.
É possível que Jano e Epimeteu já tenham sido apenas um único corpo que se partiu. Se assim foi, isso provavelmente terá ocorrido num estágio inicial da formação do sistema de Saturno.
Jano (ou Janus) possui uma forma aproximada de uma “batata” com o diâmetro de cerca de 196 x 192 x 150 km.
Jano está a uma distância média de 151.500 km do planeta Saturno. Jano completa uma volta a redor de Saturno em 16,7 horas, que corresponde ao mesmo tempo que leva a completar uma volta sobre si próprio, tratando-se portanto de uma rotação sincronizada.
A densidade desta lua de Saturno é bastante baixa, sendo que na sua superfície existem diversas crateras com dezenas de km de diâmetro. É provável que Jano seja um corpo relativamente poroso contendo bastante gelo de água.