Este artigo tem por finalidade apresentar informações atualizadas em relação ao cometa ISON, também designado por C/2012 S1 (ISON), aquele que poderá ser um dos cometas mais brilhantes dos últimos séculos, e que poderemos observar à vista desarmada a partir de Outubro ou Novembro de 2013. Aqui está um acontecimento astronómico que vale a pena acompanhar. As atualizações mais recentes estão na parte final do artigo.
Cerca de dois meses depois do cometa ISON ter sido descoberto, foi criado um artigo neste site com a informação disponibilizada na altura à cerca deste cometa. O título do artigo é Cometa C/2012 S1 (ISON) – Acontecimento astronómico de 2013. Desde o início avançou-se com a possibilidade deste cometa apresentar um brilho excecional quando estiver próximo do Sol, surgindo no nosso céu com um brilho superior ao da Lua cheia. Por outro lado foi avançada a hipótese do cometa talvez não sobreviver à sua passagem pela proximidade do Sol, pois o cometa é um corpo celeste constituído em grande parte por gelo.
Dado o interesse e a expectativa que este cometa tem despertado, e levando em conta que mais informação tem sido disponibilizada ao longo do tempo, foi então criado mais este artigo que tem por objetivo apresentar atualizações sempre que tal se justificar.
Quando foi descoberto o cometa ISON?
Em 21 de Setembro de 2012, Vitali Nevski e Artyom Novichonok descobriram um cometa que mais tarde haveria de ser designado por C/2012 S1 (ISON). Esta descoberta viria a ser anunciada pelo Minor Planet Center três dias depois. Na altura da sua descoberta, o brilho do cometa tinha uma magnitude aparente de 18,8. Quer isto dizer que o cometa não era visivel a olho nú, apenas poderia ser observado com recurso a bons telescópios. O cometa poderá ser visível à vista desarmada por volta do final de Outubro ou início de Novembro de 2013 até Janeiro de 2014.
Observando as características do cometa, logo se percebeu que este poderia vir a ser um dos mais brilhantes dos últimos séculos a cruzar o nosso céu. Calculando a sua trajetória, previu-se que o cometa iria passar a apenas 1.100.000 km da superfície do Sol no dia 28 de Novembro de 2013. A 26 de Dezembro de 2013 passará a cerca de 60 milhões de km da Terra, a aproximação máxima que este cometa vai ter em relação à Terra, não causando portanto qualquer risco para nós.
Entretanto, Paul Wiegert da Universidade de Western Ontario, avançou com a possibilidade das pequenas partículas que se vão soltando do cometa ISON à medida que este se aproxima do Sol, venham a cruzar com o nosso planeta Terra causando uma espécie de “chuva de meteoros”, porém diferentemente do caso das chuvas de meteoros “normais”, provavelmente não iremos ver “estrelas cadentes”. Estas serão partículas muito pequenas, que por um lado serão atraídas pela gravidade da Terra e por outro lado serão afetadas pela pressão dos raios solares. Essas pequenas partículas em vez de queimar ou emitir um flash de luz na atmosfera terrestre, irão cair lentamente na superfície da Terra. Essas particulas poderão formar uma espécie de núvens azuis nas altas camadas da atmosfera sobre as regiões próximas dos pólos.
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(atualizado em 10/08/2013)
A NASA apresentou no seu site uma ilustração de possíveis cenários daquilo que poderá acontecer ao cometa ISON. Segue-se a ilustração, clique para ampliá-la:
Esta ilustração encontra-se no link: http://solarsystem.nasa.gov/multimedia/display.cfm?Category=Planets&IM_ID=17505
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(atualizado em 07/10/2013)
Segue-se abaixo fotos do cometa ISON, tiradas em 29 de Setembro de 2013 pela Mars Reconnaissance Orbiter, uma sonda da NASA que está em órbita de Marte. Nessa data o cometa estava a uma distância relativamente pequena do planeta Marte.
O brilho do cometa é menor do que aquele que poderia ser esperado. Nesta altura já se coloca em dúvida se o cometa ISON vai realmente dar o espetáculo que muitos previam acontecer.
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(atualizado em 15/11/2013)
Na data desta atualização, 15/11/2013, o cometa Ison está no limiar de ser visível à vista desarmada. Tanto para observardores do hemisfério norte como para observadores do hemisfério sul, este cometa poderá ser observado na constelação de Virgem, olhando para Este um pouco antes do amanhecer.
De salientar que ainda não sabemos o que acontecerá com o cometa ISON nos próximos dias, não sabemos se irá sobreviver à sua aproximação do Sol. Caso sobreviva, os observadores do hemisfério norte estarão em posição bem mais privilegiada que os observadores do hemisfério sul.
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(atualizado em 29/11/2013)
Passadas algumas horas depois do cometa ISON ter passado muito próximo do Sol, ainda não se sabe muito bem o que aconteceu com o cometa. Inicialmente saiu a notícia que o cometa teria sido destruído, porém no momento em que esta atualização é feita ainda não se sabe realmente se o cometa ISON sobreviveu ou não. Teremos de aguardar pelas próximas horas ou dias.
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(atualizado em 03/12/2013)
No momento desta atualização já se sabe que o cometa ISON se desintegrou na sua passagem pela proximidade do Sol. Aquele que chegou a ser chamado de “cometa do século”, não atingiu as expectativas.