Cometa Encke

Cometa Encke

Créditos: Jim Scotti

O cometa Encke (com a designação oficial de 2P/Encke) é o cometa conhecido com o menor período de translação. O cometa Encke demora cerca de 3,3 anos terrestre a completar uma volta ao redor do Sol. Este cometa possui um núcleo com cerca de 4,8 km de diâmetro.

O cometa Encke foi o segundo cometa periódico a ser descoberto; o primeiro cometa periódico a ser descoberto foi o famoso cometa Halley.

O cometa Encke foi descoberto em 1786 pelo astrónomo Pierre Méchain. Em 1795 voltou a ser observado pela astrónoma Caroline Herschel (irmã do astrónomo William Herschel, o descobridor do planeta Úrano). Mais tarde, em 1805, foi observado pelo astrónomo Jean-Louis Pons e, de forma independente, por Johann Sigismund Huth e ainda por Alexis Bouvard. Em 1818 o astrónomo Jean-Louis Pons voltou a observar este cometa. De salientar que até essa altura, não se sabia que estas diferentes observações eram na realidade observações do mesmo cometa. Nessa época apenas se conhecia um único cometa periódico: o já referido cometa Halley.

Foi em 1819 que o astrónomo Johann Franz Encke percebeu que os cometas observados em anos diferentes eram na realidade o mesmo cometa. Com base nessa premissa este astrónomo calculou que o cometa voltaria a ser observado em 1822. E de fato estava certo. Em 2 de Junho de 1822, o astrónomo australiano Charles Rümer observou o cometa, em conformidade com a previsão de Johann Franz Encke.

Em 2002 a NASA lançou para o espaço a sonda CONTOUR. Um dos objetivos dessa sonda seria chegar ao cometa Encke, porém devido a problemas técnicos essa missão espacial falhou o seu objetivo.

Dado que o cometa Encke possui um período de translação muito curto, já foi observado muitas vezes. No decorrer da sua translação, a distância do cometa Encke em relação ao Sol varia entre 0,33 UA (periélio) e 4,11 UA (afélio).

O cometa Encke está também na origem de algumas “chuvas de meteoros” que se podem observar em determinadas épocas do ano, na direção da constelação do Touro.

Existe ainda quem defende que o Evento de Toungouska (na Sibéria), ocorrido em 1908, foi provocado por um fragmento libertado do cometa Encke.

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