O que é um Quasar? O que sabemos sobre estes corpos celestes? Descobertos por volta da década de 1950, estes objetos longínquos são hoje alvo de grande interesse, pois podem ajudar-nos a conhecer mais como era o Universo no início da sua existência. Vamos então nos debruçar um pouco sobre este importante assunto.
Na década de 1950, utilizando radiotelescópios disponíveis na época, os astrónomos detectaram alguns objetos celestes que eram potentes fontes de emissão de rádio. Depois, utilizando os telescópios ópticos, observaram que esses recém descobertos astros tinham uma aparência muito semelhante a estrelas de fraco brilho. Chamaram a esses objetos celestes de “quasi-stellar radio source”, ou em português “fonte de rádio quase estelar”. Daí vem o nome de Quasar.
Um Quasar não é de facto uma estrela. A dimensão de um Quasar é superior a de uma estrela, mas também menor que uma galáxia (aliás, não muito maior que o nosso Sistema Solar). Porém um Quasar emite várias centenas de vezes mais luz que uma galáxia. É um dos objetos celestes que mais energia emite.
Durante alguns anos depois da sua descoberta, existiu muita controvérsia relativamente à natureza destes misteriosos corpos celestes. Hoje acredita-se que um Quasar é uma região dentro de uma galáxia onde existe um buraco negro extremamente massivo energizada pelo seu disco acreção.
Analisando o seu redshift (desvio da luz para o vermelho), conclui-se que os Quasares são objetos muito distante de nós. São até dos objetos mais distantes que nós podemos observar. Dado que a luz tem uma velocidade finita, vamos supor que estamos a observar um Quasar a 10 mil milhões de anos-luz de nós. Significa isso que estamos a ver como era esse objeto celeste há 10 mil milhões de anos atrás, ou seja, numa época onde o Universo era muito mais jovem do que é atualmente. Isso torna os Quasares corpos celestes muito interessantes, pois permite-nos conhecer um pouco sobre como era o Universo nos seus primórdios.