Miranda, o quinto maior satélite natural (ou lua) do planeta Úrano, mas também o mais interessante dos 27 satélites naturais de Úrano atualmente conhecidos. A sua superfície é surpreendente, dado que apresenta uma mistura muito variada de diferentes tipos de terrenos, fazendo de Miranda um objeto celeste bastante interessante.
Miranda tem cerca de 470 km de diâmetro, e orbita a cerca de 129.000 km do planeta Úrano. Miranda completa uma volta ao redor de Úrano em cerca de 1,41 dias terrestres, o mesmo tempo que leva a completar uma volta sobre si próprio, tratando-se portanto de uma rotação síncrona. Este satélite assim tem sempre o mesmo lado voltado para Úrano.
Este satélite foi descoberto em 1948 pelo astrónomo holandês (mais tarde naturalizado norte-americano) Gerard Kuiper. Mais tarde, em 1986, a sonda espacial Voyager 2 ao passar pelas proximidades de Miranda, facultou-nos informações importantes sobre esta lua de Úrano. Inclusivamente enviou-nos fotos da sua superfície.
O que mais chama a atenção neste satélite de Úrano é a sua superfície com aspetos bastante diversificados. Existem regiões com muitas crateras, outras que são planícies, outras possuem montanhas elevadas, em alguns locais existem penhascos profundos. O processo que levou a estes diferentes tipos de terrenos ainda não é conhecido, havendo várias teorias que o tentam explicar. Uma delas, pouco defendida nos dias de hoje, coloca a possibilidade de Miranda ter sido destruída devido a um impacto com outro corpo celeste, e posteriormente voltou a ser agregada resultando num objeto com uma superfície de aspeto remendado.