Voyager 1 e Voyager 2 foram duas sondas espaciais lançadas em 1977 e que pertencem ao programa espacial Voyager dos Estados Unidos da América. Estas missões tiveram como objetivo estudar os planetas Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno e respectivos satélites, bem como o espaço para lá dos planetas do Sistema Solar. Muito do que sabemos hoje sobre estes planetas deve-se a estas sondas.
A Voyager 1 foi lançada em 5 de setembro de 1977 a partir do Cabo Canaveral na Flórida, EUA. A Voyager 1 é atualmente o objeto feito pelo homem que está mais distante da Terra.
Em 5 de março de 1979 a Voyager 1 chegou ao ponto mais próximo de sua “primeira paragem”, o planeta Júpiter. A 12 de novembro de 1980 chegou ao ponto mais próximo do planeta Saturno. A partir daí a sonda espacial Voyager 1 seguiu a sua trajetória para fora do Sistema Solar sem visitar mais nenhum planeta. Então a Voyager 1 iniciou uma nova fase de sua missão denominada Voyager Interstellar Mission (VIM), que consiste em estudar as regiões mais exteriores do Sistema Solar, nomeadamente no que toca à Helioesfera e a Heliopausa.
Em 20 de agosto de 1977 foi lançada para o espaço a Voyager 2. Curiosamente a Voyager 2 foi lançada primeiro que a Voyager 1. Porém, a Voyager 1 acabaria por alcançar o planeta Júpiter primeiro que a Voyager 2.
A Voyager 2 passou pelas proximidades do planeta Júpiter em 9 de julho de 1979, e passou pelas proximidades do planeta Saturno em 25 de janeiro de 1981. Ao contrário da sua antecessora, esta sonda continuou a explorar os planetas do Sistema Solar. A 24 de janeiro de 1986 a Voyager 2 chegou ao planeta Úrano. Em 25 de agosto de 1989 chegou ao planeta Neptuno. A partir daí a sonda dirigiu-se para o exterior do Sistema Solar e iniciou uma nova fase da sua missão, a Voyager Interstellar Mission (VIM).
O contributo destas sondas para o nosso conhecimento dos planetas mais exteriores do Sistema Solar é verdadeiramente notável. À medida que as sondas foram passando pelos planetas, muita informação nos foi disponibilizada, inclusivamente permitiu-nos descobrir um número bastante significativo de satélites naturais até então desconhecidos.
Atualmente ambas as sondas ainda estão em funcionamento e prevê-se que ainda continuarão a funcionar por mais alguns anos. Até lá ainda poderão dar um bom contributo para o nosso conhecimento sobre essa longínqua região do espaço.