Planeta Vénus, o segundo planeta do Sistema Solar a contar do Sol. Este planeta tem quase o mesmo tamanho que o nosso planeta Terra. Também é o planeta que mais se pode aproximar da Terra, em certos momentos chega a estar a pouco mais de 40 milhões de km de distância. Apesar de algumas semelhanças este planeta é mesmo muito diferente da Terra, com uma atmosfera muito densa e com temperaturas extremas. Neste artigo vamos explorar o planeta Vénus e conhecer suas principais características.
O planeta Vénus está a uma distância média de 108,2 milhões de km do Sol. Sua distância em relação ao Sol varia entre os 107,5 milhões de km (periélio) e os 108,9 milhões de km (afélio). Em relação à ordem de distância ao Sol, Vénus está entre o planeta Mercúrio (o mais próximo do Sol) e o planeta Terra. O planeta Vénus tem um diâmetro de cerca de 12.104 km no equador, muito próximo do diâmetro da Terra no equador (12.756 km). Este é, tal como a Terra, um planeta rochoso (também chamado de planeta telúrico).
A velocidade média do planeta Vénus ao redor do Sol é de 35,02 km/s.
Visto da Terra o planeta Vénus é o terceiro corpo celeste mais brilhante, apenas superado pelo Sol e pela Lua. Quando Vénus atinge o seu brilho máximo, chega a ter uma magnitude aparente de -4,6.
Dado que este planeta tem a sua órbita mais próxima do Sol do que o planeta Terra, só é possível observar Vénus algumas horas depois do anoitecer ou algumas horas antes de amanhecer, tal como acontece com o planeta Mercúrio. Por isso o planeta Vénus é popularmente conhecido com a estrela da manhã ou a estrela da tarde.
Sua rotação é feita no sentido horário (de Este para Oeste), característica pouco usual nos planetas do Sistema Solar. Apenas Vénus e o planeta Úrano possuem uma órbita com esse sentido. Para além disso, a rotação do planeta Vénus é bastante lenta, pois demora cerca de 243 dias terrestres a completar uma volta sobre si próprio. O período de translação (tempo que demora a dar uma volta ao Sol) é de 224,7 dias terrestres. Curiosamente, o período de rotação do planeta Vénus é maior que o período de translação, ou seja, Vénus demora mais tempo a completar uma volta sobre si próprio que a dar uma volta ao Sol.
Apesar do planeta Vénus se aproximar bastante, a superfície de Vénus não é observável a partir da Terra. Isto acontece devido à presença de densas camadas de nuvens constituídas de ácido sulfúrico, numa atmosfera também muito densa constituída por dióxido carbono. A pressão atmosférica de Vénus à superficie é cerca de 90 vezes superior à pressão da atmosfera terrestre ao nível do mar.
O efeito de estufa em Vénus é muito grande, o que contribui para que este planeta possua uma temperatura média à superfície na ordem dos 460 ºC.
Quando sondas espaciais norte-americanas e soviéticas foram enviadas em direção ao planeta Vénus, este planeta começou a desvendar mais dos seus segredos. Essas sondas espaciais começaram a ser enviadas logo no início da exploração espacial, na década de 1960, tendo continuado desde então até aos nossos dias. Foram várias as sondas que foram lançadas, não tendo todas elas sido bem-sucedidas. Várias dessas sondas tiveram problemas e não atingiram o seu objetivo. Porém outras sondas foram bem-sucedidas e permitiu-nos saber mais sobre este planeta. Entre outras coisas, permitiu-nos conhecer um pouco mais sobre a sua superfície, até então totalmente oculta pelas densas nuvens que existem na sua atmosfera.
Grande parte da superfície de Vénus é constituída por planícies vulcânicas, mas também possui cadeias montanhosas, vulcões (possivelmente alguns em actividade) e crateras de impacto. Podemos destacar a existência de duas regiões elevadas em Vénus: “Terra de Ishtar”, no hemisfério norte e “Terra de Afrodite” no hemisfério sul. No caso da Terra de Ishtar, existe um grande planalto chamado “Lakshmi Planum” que está rodeado pelas maiores montanhas do planeta Vénus, incluindo os Montes Maxwell com cerca de 11 km de altura.
O planeta Vénus não possui qualquer satélite natural conhecido.