O planeta Neptuno é o oitavo planeta a contar do Sol, sendo este o mais exterior do Sistema Solar e consequentemente o mais longe do Sol. Neptuno é um planeta gigante gasoso, o quarto maior planeta do Sistema Solar. A sonda espacial Voyager 2 foi até agora a única sonda que passou pelas proximidades de Neptuno, fornecendo-nos mais informações à cerca das características deste planeta distante.
O planeta Neptuno está a uma distância média do Sol de 4.500 milhões de km. Sua distância em relação ao Sol vai de aproximadamente 4.460 milhões de km (no perélio) até aproximadamente 4.540 milhões de km (no afélio).
O planeta Neptuno orbita em volta do Sol a uma velocidade média de 5,4 km/s.
Neptuno é um planeta gigante gasoso com um diâmetro equatorial de cerca de 49.500 km, ligeiramente menor que o planeta Úrano.
Neptuno demora quase 165 anos a completar uma volta ao redor do Sol, e um pouco mais de 16 horas para completar a sua rotação.
O planeta Neptuno partilha muitas semelhanças com o planeta Úrano em termos de composição química, sendo estes dois planetas por vezes chamados de “gigantes de gelo”, marcando assim diferença com os outros dois planetas gigantes, nomeadamente Júpiter e Saturno.
As atmosferas dos 4 planetas gigantes do Sistema Solar são constítuidas com grandes quantidades de hidrogénio e hélio. Porém, os “gigantes de gelo” caracterizam-se também por possuirem uma quantidade significativa de “gelos” como o metano, água, amónia, encontrando-se ainda vestígios de hidrocarbonetos. O metano existente na atmosfera de Neptuno será parcialmente responsável pela coloração azulada que apresenta.
Internamente, Neptuno deverá de possuir um núcleo rochoso envolto por uma crosta gelada.
O planeta Neptuno possui anéis, porém são muito ténues e de difícil observação.
O planeta Neptuno foi descoberto em 1846 com base em cálculos matemáticos. Ao observar o planeta Úrano, verificou-se que sua órbita estaria a ser influência por outro corpo celeste na época ainda não conhecido. Em 1843 o astrónomo britânico John Couch Adams calculou aquela que seria a órbita de um planeta que estaria a afetar a órbita do planeta Úrano. Esses cálculos foram enviados ao astrónomo real britânico, Sir George Airy, que os rejeitou, levando John Adams a desistir da sua pretensão. Depois surgiu o astrónomo francês Urbain Le Verrier, que também efetuou seus cálculos, tendo conseguido calcular a órbita do planeta então desconhecido. Com base nesses cálculos, o astrónomo alemão Johann Galle juntamente com o astrónomo dinamarquês Heinrich D’Arrest, observaram pela primeira vez o planeta Neptuno.
O nosso conhecimento à cerca de Neptuno aumentou consideravelmente a partir de 1989 com a chegada da sonda espacial Voyager 2.
O planeta Neptuno possui atualmente 14 satélites naturais conhecidos. O maior deles é Tritão, descoberto poucos dias depois da descoberta do planeta. Tritão possui cerca de 2.700 km de diâmetro no equador. Todos os outros 13 satélites têm menos de 500 km de diâmetro equatorial.
(artigo atualizado em 17/07/2013)